Partícula Divina I

Alguns humanos renascem iluminados e assumem a missão que lhes foi confiada pela divindade. Outros negligenciam esses dons e sofrem em completude porque se perdem na imensidão das indagações desses mistérios.

Estudando fenômenos anômalos observo que alguns sensitivos ancoram essa energia vital e encontram o seu eixo. Imagino que a maioria deles ainda inflaciona a sua personalidade porque mantém um certo alheamento em relação às sutilezas do existir. Rejeita de modo inconsciente essa partícula divina como um elo da transcendência e, enquanto exerce essa negação, fragiliza-se e atrai para os seus corpos físicos e sutis enfermidades difíceis de diagnóstico. Até mesmo para os médicos que estudam e aprendem a identificar a enfermidade que agride o mecanismo interno do organismo humano.

Nessa sintonia densa os hospitais e ambulatórios continuam lotados de pessoas doentes em busca de cura para suas enfermidades. Não obstante, perdidas em suas travessias enquanto ser humano. Submersos em conflitos e indagações sem respostas, a respeito da realidade do seu corpo físico como um sistema integrado de energia vital; morada da alma e de todas as expressões criativas desta como as formas-pensamento cujas raízes repousam nos anseios, sentimentos e aspirações em busca do autoconhecimento e cura quântica.

Esse foi um cenário observado por mim há alguns meses na condição de Terapeuta Transpessoal apoiando um “Adulto Índigo”, que se encontra sob tratamento médico-cirúrgico. A partir da anamnese, identifiquei vários problemas e dificuldades emocionais que evidenciam a existência de componentes extra-físicos e ainda enfermidades associadas ao desamor, medo, complexo de rejeição, crenças distorcidas, ansiedade e depressão. Enfim, durante a primeira sessão terapêutica vieram à tona alguns conflitos existenciais que configuraram algo que pode ser descrito como ‘incursões aleatórios do inconsciente’.

De fato, foi observado que essas alegadas ocorrências sutis que abateram o seu estado psicossocial e emocional foram negligenciadas pela cliente, certamente por falta de conhecimento sobre a espiritualidade e/ou direcionamento das ações nesse nível. O fato é que ela não obteve a ajuda apropriada para o seu pronto restabelecimento psicofísico, enquanto mente, corpo e alma porque se ‘negou’ a dar continuidade à Terapia Transpessoal; o que lamentei, pois além de extremamente arrogante, percebi-a desconectada da sua realidade psicofísica ao descrever o mundo à sua volta e em constante interações com os seus pares. Demonstrou, sobremaneira que sob o efeito medicamentoso e refém das energias densas, com conotações sobrenaturais como algumas visões do além, intuições exacerbadas, sonhos recorrentes, premonições e outros eventos psicocinéticos, cujas concepções ainda hoje extrapolam os ditames estabelecidos pelas teorias do conhecimento.

Continua...

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