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Grupo Omega de Estudos Holísticos e Transpessoais
Instituto Superior de Ciências da Saúde de Minas Gerais
INCISA
MARIA HELENA NEVES DE ALBUQUERQUE
Um Caso de Paranormalidade sob a Ótica da Psicologia Junguiana
Escritório de Direitos Autorais CNPJ: 40176679/0001-99 Registro/Protocolo: 0191/BA/01/2011
Salvador, 2010
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Terapia Transpessoal do Instituto Superior
de Ciências da Saúde, como exigência parcial para obtenção do Título de Pós-Graduado em Terapia Transpessoal.
Orientador: Mario Rodriguez Risso
À Alegoria Espiritual que apóia e ilumina a minha realidade psicofísica pelo viés da existência;
Ao Doutor Carl Gustav Jung, uma vida dedicada à psiquê, para ajudar o ser humano a realizar o seu processo de individuação e fortalecimento do ego,
e ainda pela sua presença sutil em todos os momentos nos quais busquei inspirações para concretizar este projeto acadêmico;
Ao Diretor do Grupo Omega da Bahia, Psicólogo e terapeuta Transpessoal Mario Rodriguez
Risso pela supervisão e escuta científica para a elaboração desta monografia;
À Coordenadora e terapeuta transpessoal Carla Mirelle, pelo apoio institucional e, igualmente,
à orientadora pedagógica Vera Eça, pelas sugestões iniciais deste trabalho;
Ao professor e Doutor em Física com formação em Psicologia Analítica Junguiana Hélio
Silva Campos, pelo auxílio no uso dos conceitos sobre a Realidade Psicofísica, na conexão Mente-Matéria aqui adotada.
Às minhas origens familiares, meus irmãos e meus pais, Helena e Francisco Albuquerque. Verdadeiros ‘ícones’
da sabedoria no exercício do amor ao próximo e convivência harmônica enquanto orientadores do lar;
À minha filha Aline e meu esposo Gileno, amorosos seres humanos que, por causa das
minhas pesquisas acadêmicas, algumas horas da convivência familiar foram subtraídas;
À Secretária do Omega, Patrícia, a minha ‘fiel’ escudeira. Quando tudo parecia ‘naufragar’ ela
referenciava as suas ‘mágicas’ palavras de fortalecimento e apoio: “Deus está no comando”.
A história de uma vida começa num dado lugar, num ponto qualquer de que se guardou a lembrança e já, então, tudo era extremamente complicado”.
Jung
MARIA HELENA NEVES DE ALBUQUERQUE
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do titulo de Pós-Graduação em Terapia Transpessoal
no Instituto Superior de Ciências e Saúde pela banca examinadora formada pelos seguintes professores:
HELIO SILVA CAMPOS
Bacharel em Física (UFBA). Especialização em Física Isotópica (Birmingham University, England),
em Física do Estado Sólido (UFBA), e em Psicologia Analítica Junguiana (Núcleo de Estudos Junguianos, NEJ, Salvador-BA).
Mestre em Geofísica Nuclear (UFBA). Doutor em Ciências Físicas (CBPF- CNPq, RJ).
MARIO RODRIGUES RISSO
Terapeuta Transpessoal, formado em Psicologia "Cum Laude" pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona, Espanha, em 1980. Formou-se em Psicodrama Psicanalítico Grupal com Jorge Paulovsky, Hernan Kesselmann, Leonardo Sadne e Emilio Rodrigue. Estudou Bioenergética Reichiana com Al Bauman (EUA) e Gestalt com alguns dos discípulos de Perls no Uruguai. Aprendeu Bioenergética com Cláudio Belfort (Ph. D), discípulo direto de A. Lowen em Petrópolis (RJ), no Brasil. Exdocente de psicologia das Faculdades Olga Metting.
Uma jornada arquetípica pelo viés do mundo interior transformou o psiquiatra Carl Gustav Jung um dos mais brilhantes pensadores do século XX e um exímio pesquisador da riqueza do psiquismo humano. Por sua vez, a nossa amiga de infância Clarinha ao se confrontar com o seu inconsciente através da teoria de profundidade encontrou as respostas compatíveis com os seus questionamentos sutis sobre a paranormalidade, objeto da minha análise. Uma fenomelogia que insiste sobreviver a ‘duras penas’, ao tentar romper com o silêncio imposto pelo medo de investigar o que a ciência tem a dizer sobre estes e outros fenômenos que se fazem presentes na atual contemporaneidade.
Esta monografia é, por assim dizer, a realização de um projeto de pesquisa sobre as subjetividades do cientista ao tempo que realizei as analogias com as percepções extrasensoriais de Clarinha. Considerando que como Jung, a nossa amiga é detentora de ‘dons’ paranormais que se manifestam ao longo da sua existência no vivenciar das noites cósmicas através dos sonhos recorrentes, projectologias, premonições, precognições, intuições exacerbadas, projectologias e eventos de efeitos psicocinéticos.
Foi observado que existem metodologias científicas para estudar a paranormalidade e que esta merece ‘um olhar’ mais comprometida do meio acadêmico, a fim de desvendar os mistérios envolvidos com este delicado tema. Portanto, este trabalho caminha nesta direção a de tornar ‘explicáveis’ os ‘inexplicáveis’ poderes da mente humana.
Palavras chaves: Autoconhecimento; Individuação; Paranormalidade; Realidade Psicofísica; Jung; Psicologia Analítica.
An archetypal journey through the inner world transformed psychiatrist Carl Gustav Jung one of the most brilliant thinkers of the twentieth century and an eminent researcher of the richness of the human psyche. In the other hand, our childhood friend Clarinha to confront your unconscious through the theory of depth found the answers compatible with their questions about the paranormal, the object of my analysis. A phenomenology insists that survive the 'hard way', while trying to break the silence imposed by investigating fear what science says about these and other phenomena that are present in today's contemporary.
This monograph is, so to say, a research project realization about the subjectivity of the scientist at the time realized that the analogies with the extra-sensory perceptions of Clarinha. Whereas as Jung, our friend owns 'gifts' paranormal that manifested throughout its existence in the cosmic experience of the nights through recurring dreams, projectologias, premonitions, precognitions, intuitions exacerbated projectologias events and psychokinetic effects.
It was observed that there are scientific methods for studying the paranormal and it deserves a 'look' more committed of academia in order to unravel the mysteries involved with this delicate theme. Therefore, this research goes in this direction to make the 'explained' the 'unexplained' powers of the human mind.
Keywords: Self knowledge; Individuation; Paranormal; Reality Psychophysics; Jung; Analytical Psychology.
INTRODUÇÃO
1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PARANORMALIDADE
1.1 Ciências versus Paranormalidade
1.2 A Paranormalidade em Sociedades Aborígenes
1.3 Peculiaridades da Paranormalidade
1.4 Experiências de um Mundo Extra-Sensorial
1.5 Índigos: Geração Ponte para Outras Dimensões
1.6 Um Acolhimento que não Procede nas Instituições de Saúde
1.7 Sugerindo um Olhar Científico
2 INTERPRETAÇÕES PARA O REINO PSÍQUICO
2.1 Conexões do Psiquismo Humano com o Absoluto
2.2 O Ser Humano versus Espiritualidade
2.3 Concepções do Existir ao Longo da História
2.3.1 O Existir Segundo os Pensadores da Grécia Antiga
2.3.2 Concepções sobre a Natureza Humana
2.3.3 A Visão do Ser Humano em Pleno Século XX
2.3.4 Inferências sobre a Consciência dos Pensadores Contemporâneos
3 A RIQUEZA DO PSIQUISMO HUMANO
3.1 O Ser e o Existir
3.2 Adolescente Médium e Mística
3.3 Idade da Razão ou Deusa Dividida?
3.4 Um Despertar Interior
3.5 A Linguagem das Deusas
3.6 O Cientista Humanista do Século XX
3.6.1 O Despertar Interior de um Jovem
3.6.2 As Marcas Indeléveis da Separação: Jung e Freud
3.6.3 Dos Acordes Iniciais à Psicologia Analítica
3.6.4 Legado de Jung
3.7 Similaridades ou Identificação
4 INTERPRETANDO VIVÊNCIAS PESSOAIS
4.1 Sonhos: Ilusões ou Linguagem Esquecida?
4.2 Os Sonhos na Visão de Freud e Jung
4.3 Os Dons Artísticos de uma Sensitiva
4.4 Uma Jornada Arquetípica Pelo Viés da Existência
4.4.1 Clarinha, Jung e o Subconsciente
4.4.2 Eventos Retrospectivos de uma Sensitiva
4.4.3 Os Conteúdos que Reverberam na Inconsciência
4.4.4 A Precognição nos Eventos Paranormais
4.4.5 Sonhos Recorrentes
4.4.6 Os Sonhos e os Efeitos Sincronísticos
Um olhar interior...
“Seja luz que espalha sua cor prateada ou dourada no Universo todo. Enquanto ela brilha outros corpos vão se iluminando e a luz segue o seu curso de iluminar a vida” (Gracinda Calado)[1].
Certamente, um mensageiro da luz nos ilumina e colabora conosco direcionando as nossas escolhas. Seja ele um anjo, a lua, as estrelas, o sol, a árvore que nos dá frutos, ou a chuva da madrugada. O fato importante é que jamais estamos sozinhos. Talvez por isso o nosso encontro com Clarinha, uma amiga de infância, fluiu tornando-se um momento iluminado, através do qual tudo começou.
Clarinha é uma pessoa muito especial, dotada de uma sensibilidade geralmente descrita como à flor da pele. Recordo que as brincadeiras infantis eram mescladas com as alegrias que contagiavam a todos e, as energias, eram envolvidas por um sentimento dedicado à natureza, às “cantigas de rodas”, à vida dos animais, dos pássaros, das flores e artes plásticas.
Ainda criança, nossa amiga manifestou pendores artísticos, porém nunca fez das artes plásticas a sua prioridade de vida.
Como Carl Gustav Jung, o criador da psicologia profunda, Clarinha tinha muito mais interesse nos fenômenos misteriosos e, então costumava frequentar as sessões espíritas e de umbanda, no espaço da residência do seu familiar que é médium.
Nas horas de ócio, a amiga fazia algumas obras de arte e, todas elas, eram posteriormente distribuídas aos parentes e às pessoas que faziam parte do relacionamento familiar.
Suas telas eram atraentes e coloridas, porém nenhuma delas seguia a rigidez das técnicas acadêmicas.
Devido ao seu temperamento extrovertido, a amiga vivia de ‘bem com a vida’ e, por causa disso, ela conseguia transmitir à sua arte, sentimentos leves e iluminados, tal quais os reflexos sutis das cores do arco-íris.
Em meados de setembro de 2007, lemos no portal eletrônico do Grupo Omega, o convite para uma aula aberta, quando seria também apresentada a grade curricular do Curso de PósGraduação e Especialização Profissional em Terapia Transpessoal. Na oportunidade, observamos que poderia encontrar respostas aos questionamentos tão frequentes nas incontáveis conversas com Clarinha, sobre autoconhecimento, vida pessoal física e, mesmo considerações de ordem extra-física. Naquela ocasião, tivemos uma breve noção da Teoria da Psicologia Transpessoal e dos fundamentos que nada excluem das dimensões do ser humano, em sua totalidade “bio-psico-social, cósmico e espiritual”, além de outras abordagens, como a teoria psicológica de Carl Gustav Jung.
O conteúdo programático do curso nos incentivou a estudar a teoria da Psicologia Transpessoal, vislumbrando uma abordagem sobre os eventos da ‘paranormalidade’. Seria uma maneira de analisar as vivências de Clarinha, as quais têm acompanhado sistematicamente como amiga confidente, auxiliando-a no seu propósito de realizar as suas escolhas.
Durante a realização do módulo “Atual Transição da Ciência Materialista-NewtonianoCartesiana, para o Novo Paradigma Quântico-Holístico-Transpessoal” o docente Hélio Silva Campos referiu que a relação mente-matéria pode ser abordada sob uma interpretação psicofísica da realidade envolvendo conceitos da psicologia Junguiana e da física quântica. Além da importância desse módulo para a formação do terapeuta Transpessoal, atenderia a nossa intenção de estudar a paranormalidade e encontrar uma aplicação científica para direcionar as percepções extra-sensorias desta jovem. O nome Clarinha é um pseudônimo que foi sugerido por nós para preservar a sua identidade e a revelação dos dados aqui referidos foi por ela autorizada.
Em conversa com o docente sobre as experiências de Clarinha, ele mencionou o trabalho de cientistas, filósofos, psicólogos e físicos conhecidos, com o objetivo de formalizar uma descrição mais abrangente da realidade através de uma relação mente-matéria. Acrescentou ainda a possibilidade de interpretar esses fenômenos recorrendo à psicologia de Jung e, as descrições que este encontrou para suas próprias vivências, o que seria fundamental para interpretar as experiências da amiga. A partir desse contato, decidimos registrar todos os eventos, imaginando o desafio que se anunciava. Foi uma decisão que venceu a relutância para documentar essas experiências, por temor às críticas que pudessem surgir ao revelar a público os relatos baseados nos conteúdos “guardados” no inconsciente de Clarinha. E assim se expressa o cientista humanista:
“É geralmente conhecido o ponto de vista freudiano segundo o qual os conteúdos do inconsciente se reduzem às tendências infantis reprimidas, devido à incompatibilidade de seu caráter” (JUNG, 2007, § 202).
Sob o ponto de vista Freudiano, esses conteúdos se reduzem apenas às repressões que se iniciam na primeira infância, sob a égide moral do ambiente, cujas consequências boas ou ruins, acompanham o ser humano por toda a sua vida.
Por esse prisma, Sigmund Freud concebeu em sua teoria psicanalítica, que no inconsciente repousam apenas os conteúdos que poderiam ser conscientes se a educação não os tivesse provocado situações repressoras. Por sua vez, Carl Gustav Jung defende em sua teoria outra concepção sobre os “conteúdos guardados” no inconsciente do ser humano. E se expressa mais uma vez:
“O inconsciente possui além deste, outro aspecto incluindo não somente os conteúdos reprimidos, mas todo material psíquico que subjaz ao limiar da consciência” (JUNG, 2007,§ 203).
Quer dizer, ficou configurado pelo cientista que é difícil considerar nestes aspectos somente o princípio da repressão a natureza de todo esse material em questão. Por outro lado, sobre a ótica da Parapsicologia acreditamos que a paranormalidade, enquanto estudado na ciência dos fenômenos psíquicos pode ser tratada através de uma abordagem envolvendo conceitos e comportamentos definidos em normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), com sede em Genebra. O que se torna necessário é imaginar e considerar que essa fenomenologia ainda carece de formalização e reconhecimento pleno, segundo regras acadêmicas. Somente dessa maneira poderá ocorrer o desenvolvimento e a afirmação de ações governamentais baseados nos paradigmas que definem o ser humano como um conjunto corpo + mente assimilando métodos e técnicas alternativas que permitam um tratamento psicoterápico de pessoas envolvidas nas dificuldades físicas e extra-física.
Sabe-se que, como ser humano o empirista das ‘causas profundas’ foi uma figura querida e amigável. Uma personalidade vigorosa e marcante, capaz de atrair as atenções dos seus pares pela sabedoria da sua fala e proximidade de contato que se permitia. Os seus eventos mediúnicos manifestaram-se desde cedo. E a sua existência foi permeada por temas ‘transcendentais’ que o tornaram um ‘indagador’ sobre a existência de Deus e dos fenômenos “ditos ocultos”. Com sua sabedoria e mestria, Jung desceu à “noite escura da alma” e promoveu a aproximação entre o ‘psíquico e o espiritual’ utilizando-se das subjetividades dos seus pacientes e das suas vivências paranormais. E assim se expressa textualmente em suas memórias:
Tudo o que conheço, mas não penso num dado momento, tudo aquilo de que já tive consciência, mas esqueci tudo o que foi percebido por meus sentidos e meu espírito consciente não registrou, tudo o que involuntariamente e sem prestar atenção (isto é, inconscientemente) sinto, penso, relembro, desejo e faço todo o futuro que se prepara em mim e que só mais tarde se tornará consciente, tudo isso é conteúdo do inconsciente (JUNG, 2006, p.488).
De qualquer sorte, Jung apreendeu em suas experiências paranormais e nas subjetividades de seus pacientes que nesses conteúdos agregam representações e impressões “penosas” mais ou menos reprimidas, conteúdos para os quais ele chamou de inconsciente pessoal. Enquanto que, para aqueles conteúdos herdados ele os classificou como arquétipos que somado aos instintos constituem o verdadeiro inconsciente coletivo.
Independente de qualquer designação que se queira atribuir às pessoas que relatam suas vivencias paranormais, elas se comportam e se expressam da mesma maneira que as demais, exercendo as suas funções com eficácia; precisam igualmente ser respeitadas na sua ‘individualidade’ e ‘dignidade’ como artífices e sujeitos da sua historia.
O ‘tabu’ que ainda envolve relatos de conteúdos paranormais se refere às ocorrências de crises emocionais, provocando reação que levam aos incautos e ignorantes a agirem de maneira discriminatória. Médicos psiquiatras, ao utilizarem medicação supressiva que inibem os conteúdos da consciência, que se tratados psicoterapeuticamente de forma apropriada, seriam extremamente ricos para o crescimento mental, emocional e espiritual dessas pessoas.
Esse foi um cenário frequentemente observado por nós na condição de Assistente Social do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Ex. INAMPS, 1984) por ocasião da elaboração do Projeto Multiprofissional na Clínica de Neuropediatria, para os epilépticos de Pernambuco, do qual foi à idealizadora.
Os relatos dos pacientes, documentados através do atendimento no consultório do Serviço Social Médico, tratam de queixas que evidenciam um componente extra-fisico bastante acentuado, algo que pode ser descrito como ‘incursões aleatórias do inconsciente’. Por outro lado, essas alegadas ocorrências sutis, eram normalmente negligenciadas pela equipe médica, certamente por falta de conhecimento e direcionamento das ações nesse nível. O fato é que os pacientes não obtinham a ajuda apropriada para o seu ‘restabelecimento neurológico’, porquanto descreviam situações de conotação ‘sobrenatural’, visões noturnas, intuições exacerbadas, sonhos recorrentes, premonições, precognições e, outros eventos do gênero, como os de efeitos psicocinéticos cujas concepções ainda hoje extrapolam os ditames estabelecidos pelas teorias do conhecimento pertinentes.
Na qualidade de profissional da saúde procuramos vislumbrar uma maneira de ajudar essas pessoas, preservando as suas identidades de modo a evitar constrangimentos e discriminações, ainda bastante comuns nos diversos setores da comunidade. Assim, nos intervalos das consultas médicas, e longe da observação dos demais componentes da equipe, sugerido daqueles pacientes conscientemente ‘mais abertos’ outra análise, que procurassem um centro espírita de modo a receberem apoio e orientações compatíveis com seus corpos sutis, e no direcionamento dos seus projetos.
Ao pesquisar o fenômeno da paranormalidade, pretendemos encontrar nos conceitos básicos da psicologia de profundidade de Jung uma base científica para as ‘incursões’ de Clarinha, enquanto espírito mente e corpo. Estudando as referências em antigas filosofias, no misticismo religioso e na figura mitológica que leva um ser pensante às concepções do mundo e do Universo, tão bem relatado por Jung em seu livro “Memórias Sonhos, Reflexões. Desta forma, fazendo uso das suas palavras para ilustrar e contextualizar esta tarefa acadêmica.
O que se é mediante uma intuição interior e o que o homem parece ser sub specie aeternitatis só pode ser expresso através de um mito. Este último é mais individual e exprime a vida mais exatamente do que o faz a ciência, que trabalha com noções médias, genéricas demais para poder dar uma idéia justa da riqueza múltipla e subjetiva de uma vida individual (JUNG, 2006, p.31).
O primeiro capítulo discorrerá considerações sobre a Paranormalidade, objeto da nossa análise;
O segundo sobre ‘Interpretações para o Reino Psíquico, os pilares que norteiam estes direcionamentos, numa escala retrospectiva das ‘ondas vibracionais’ dos eventos de Clarinha, a partir dos três anos de idade;
No terceiro enfatizamos ‘A Riqueza do Psiquismo Humano’ associado à importância de um ‘olhar interior’ como ser humano, pelos caminhos da transformação sob a visão de realidade/mundo;
No quarto e último capítulo “Interpretando Vivencias Pessoais” transcreveremos as PES (Percepções Extras Sensoriais) do Diário de Clarinha, sobre a ótica da psicologia Junguiana na tentativa de encontrar uma base cientifica que justifique a existência desses fenômenos, através dos transes ‘bidimensionais e arquetípicos’, nos sonhos recorrentes, nas viagens astrais, precognições, premonições, intuições exacerbadas e situações de efeitos psicocinéticos.
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